quarta-feira, 19 de maio de 2010

Especialista adverte para despreparo do país no combate a vazamento de óleo


O professor doutor Luis Henrique de Figueiredo, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) trouxe a Rio Grande uma noticia bastante preocupante. Um derramamento de óleo no Brasil semelhante do que ocorreu no Golfo do México seria desastroso. Figueiredo foi o palestrante do tema Avaliação de Áreas Contaminadas e Soluções de Remediação Ambiental Baseadas no Risco Ambiental, durante o 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO).

De acordo com o professor, que é também diretor presidente da Golder Associates Brasil, Consultorias e Projetos, o Brasil não tem um Plano Nacional de Contingências, indispensável para atender a episódios como o que ocorreu na América do Norte. “Não há aqui uma organização para responder a isso”, assinalou o palestrante, que é PhD em Química Ambiental.

O vazamento no Golfo do México foi originado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, no dia 20 de abril. Para conter o alastramento do produto, as autoridades americanas determinaram a instalação de barreiras de contenção e atearam fogo na área do entorno do derramamento. “Essa ação não é adequada porque joga elementos poluentes na atmosfera e pode causar mais danos ao ambiente marinho”, assinalou.

Para o professor, cada tipo de óleo deve merecer um tratamento no vazamento no mar. Depende da espessura do produto, das condições das ondas e das correntes, entre outros. No caso da América do Norte são utilizados também dispersantes químicos

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