sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grandiosidade do 4º CBO é destacada no encerramento







Presidente da AOceano Roberto Warhlich, vice-diretor do Instituto de Oceanografia da FURG José Muelbert, presidente do 4º CBO e coordenador do Curso de Oceano/FURG Luiz Carlos Krug, diretor do Centro de Hidrografia da Marinha comandante Marcos Almeida e reitor João Carlos Brahm Cousin

Abrindo a solenidade, o presidente da AOceano Roberto Warhlich apresentou os números do evento: mais de 30 minicursos e cursos técnicos, 32 mesas-redondas e workshops e 195 palestrantes. “Tivemos um evento próximo ou chegando à perfeição”, destacou. Pelo Instituto de Oceanografia da FURG, José Muelbert, que coordenou o comitê científico, se disse orgulhoso em ter o 4º CBO na FURG. “Sem dúvida o evento foi um grande sucesso”.

Para o presidente do 4º CBO, Luiz Carlos Krug, foi uma grande satisfação organizar o congresso. “Quando fomos à Fortaleza levamos uma proposta e saímos de lá com uma responsabilidade. Ao começar a receber as inscrições, percebemos o interesse de pessoas não só do nosso país, mas de outros”, lembrou. Krug considera que o grande diferencial desta quarta edição foram as comemorações dos 40 anos de criação do curso de Oceanologia. “Mobilizou os egressos, vindos de diversos países ao redor do mundo, que queriam retornar a Rio Grande e não poderiam perder essa oportunidade”.

O comandante Marcos Almeida, diretor do Centro de Hidrografia da Marinha,
fez questão de comemorar os números da visitação ao Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul: 582 congressistas nesta sexta-feira, 21. O Cruzeiro do Sul permanece no Porto Novo de Rio Grande para visitação ao público neste sábado, 22. “O relacionamento Marinha e Oceanografia é histórico e é um prazer poder constatar o crescimento da Oceano e a qualidade dos trabalhos apresentados”, afirmou durante a solenidade.


Ao encerrar o 4º CBO, o reitor da FURG, João Carlos Brahm Cousin, parabenizou os presentes por fazerem do CBO um grande evento e conclamou a todos à próxima edição, em 2012, no Rio de Janeiro, tarefa destinada ao Instituto Nacional de Pequisas Espaciais, que sediará o 5º CBO.

Participantes recebem certificado do Congresso


Patricia Lange



Henrique Patricio



Os certificados de participação do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) começaram a ser entregues no meio da tarde desta sexta-feira (21). Os congressistas não escondiam a satisfação em receber o comprovante de participação no evento que reuniu milhares de pessoas e tratou de inúmeros temas em palestras, workshops, cursos e minicursos, entre outras atividades.
A estudante Priscila Kinteca Lange, que cursa Mestrado em Oceanografia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), foi uma das primeiras a retirar o documento. Ex-aluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Priscila disse que ficou muito feliz de estar presente no Congresso, embora fosse estafante pela quantidade de atividades apresentadas. “O nível esteve excelente”, resumiu ela, referindo-se ao conteúdo abordado pelos palestrantes.
O estudante paulista de São José dos Campos, Henrique Patrício, está fazendo Graduação em Oceanografia na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) - em Santa Catarina. Ele considerou excelente a programação do CBO. “Os contatos que fizemos aqui também foram muito proveitosos”, ponderou. Para o estudante, a troca de experiências com colegas, professores e especialistas nas áreas abordadas valeu a viagem, ainda que não tenha sido tão longa se comparada com pessoas que vieram no Norte e Nordeste brasileiros.

Quase 2,2 mil congressistas inscritos no CBO


Pessoas de diversas cidades brasileiras prestigiam o evento


O hall do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul) ficou bastante movimentado durante esta semana com a realização do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO). Pessoas vindas de inúmeras partes do Brasil puderam assistir a palestras, workshops, cursos e minicursos, entre outras atividades. Até o início da tarde desta sexta-feira (21) haviam feito a inscrição 2.192 congressistas.

Pôsteres

Antes de ingressar nas dependências do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul), quem vai ao 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) encontra uma estrutura coberta onde estão os trabalhos científicos aprovados na categoria pôsteres.
Estão expostos 1.218 trabalhos das áreas de biologia, geologia, física, química, zonas costeiras e temas correlatos. O estudante Carlos Ribeiro, de São Paulo, gostou do nível dos trabalhos apresentados. Cursando o primeiro ano de Oceanografia na Universidade de São Paulo (USP), Ribeiro considerou o evento de excelente qualidade. “Foi possível participar de das atividades, cujas informações serão bastante úteis no meu aprendizado”, assinalou.

Navio Cruzeiro do Sul

Aberto para visistação aos congressistas desde o primeiro dia do 4º CBO, o Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul, da Marinha, recebe o público em geral neste sábado, 22. O horário de visitação é das 9h às 12h e das 14h às 17h, no Porto Novo.

FURG apresenta ferramenta inédita para estudos de impacto ambiental



O Laboratório de Gerenciamento Costeiro da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) realizou na manhã desta sexta-feira, 21, durante o 4º CBO, o lançamento do Praia - Protocolo de Avaliação de Estudos de Impacto Ambiental, uma ferramenta online inédita para auxiliar analistas ambientais, órgãos de licenciamento ambiental e tomadores de decisão na elaboração e acompanhamento de análises na área.

O objetivo é que os estudos de impacto ambiental passem a se orientar pela nova ferramenta. “Ela é um grande check list”, explica o coordenador do projeto, prof. Paulo Roberto Tagliani, responsável por ministrar o curso técnico “Método de Análise de EIA/RIMA(s)”, no qual foi apresentada a iniciativa. Pelo Protocolo Praia, já em processo de obtenção de patente, o analista responde a perguntas envolvendo diferentes aspectos da avaliação, pode cadastrar mais de um projeto em análise, acompanhar o status de elaboração e remeter diretamente ao órgão solicitante o relatório.

Tagliani afirma que não há ferramentas semelhantes no Brasil e no mundo que agreguem e disponibilizem online os aspectos compreendidos pelo Praia. O novo protocolo proporciona a padronização dos métodos de análise, segundo diretrizes da Comunidade Européia (EIA/EIS Review 2001).

O Protocolo Praia está disponível para os interessados nas versões Português e Inglês. Mais informações sobre a ferramenta e sobre como se cadastrar podem ser obtidas pelo telefone 53 3233 6506 ou pelos e-mails docasmus@furg.br e paulotagliani@furg.br

Guia mostra as belezas do litoral piauiense


Loebmann e Ana são os organizadores da obra



Os estudantes de pós-graduação em Oceanografia Daniel Loebmann e Ana Cecília Mai são paulistas e moraram cinco anos no Piauí. Foi daí que surgiu a ideia de publicar um livro com fotos das regiões daquele estado. Foi organizado, então, o Guia Ilustrado Biodiversidade do Litoral do Piauí, com um conteúdo que vai orientar os turistas que forem ao Nordeste. O lançamento da publicação ocorreu durante o 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO).
Loebmann diz que não tem a pretensão de apresentar todos os detalhes do litoral piauiense. “Falta muita coisa, mas o Guia vai ajudar bastante a quem for àquele estado”, salienta.
Os dois organizadores do Guia cursaram graduação em Oceanografia em Rio Grande. Agora, Loebmann está fazendo Doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), na cidade de Rio Claro, e Ana também cursa Doutorado, na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Ambos planejam lançar um livro sobre anfíbios e répteis.

Novas fronteiras para os oceanógrafos são buscadas


Professor Luiz Carlos Krug


O presidente do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO), professor Luiz Calos Krug, foi o coordenador do workshop Novas Fronteiras para os Profissionais Oceanógrafos. A ideia foi mostrar à categoria quais os campos de trabalho podem se explorados.

Krug começou relatando um levantamento mostrando que 60*% dos alunos formados pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) estavam trabalhando e 77 atuavam na área, com cursos de aperfeiçoamento ou especialização profissional, entre outros. Os dados são de 2007, mas segundo o professor, indicam que o aproveitamento é bom se for levado em consideração que no Direito pouco mais de um terço dos formados desempenhavam funções inerentes à sua área. Foram considerados na pesquisa os setores público, privado e o terceiro setor.

O professor mestre Fernando Diehl lamenta que muitos colegas tenham abandonado a profissão e se dedicado a outras áreas por falta de perspectivas. Dihel já havia se manifestado sobre isso durante a reconfirmação de grau dos graduados de Oceanografia (que começou como Oceanologia) da FURG.

A professora Carla Scalabrin do instituto francês Ifremer disse que é preciso detectar se é há necessidade de descobrir novos caminhos a serem seguidos ou explorar espaços ainda não ocupados pelos oceanógrafos. A acústica submarina foi a função mais citada por ela.

Assinalou que entre as atividades estão o monitoramento das águas costeiras. Os resultados do trabalho fornecem a informação sobre o meio ambiente e permite o conhecimento sobre questões relacionada ao mar. As pesquisas permitem respostas à expectativa social, como mudanças climáticas, biodiversidade marinha, prevenção de poluição e avaliação da qualidade de frutos do mar.

Golfinhos de Noronha ganham edição de luxo




Um livro editado com luxo e imagens que tornam mais fácil a educação ambiental, pelo carinho que despertam. É um resumo da obra “Os Golfinhos de Noronha”, lançada no penúltimo dia do CBO 2010, na FURG, pelo autor, o coordenador do Projeto Golfinho Rotador, José Martins da Silva Júnior. O livro comemora os 20 anos do projeto.
Criado em 1990, o Projeto Golfinho Rotador resulta da parceria do Centro Mamíferos Aquáticos, um centro de fauna especializado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade / Ministério do Meio Ambiente, com o Centro Golfinho Rotador, uma organização não governamental socioambiental de Fernando de Noronha, e com a Petrobras, patrocinador oficial.

Segundo o autor, o projeto (e o livro) têm o objetivo não só da preservação de golfinhos de Fernando de Noronha, mas de educação ambiental e conservação integrada das comunidades do arquipélago. Quase todos os dias (95%), entram em Noronha até dois mil golfinhos. A manutenção constante desta população se deve principalmente a este projeto de duas décadas. Os resultados podem ser observados, em textos e fotos, no livro lançado na Feira Brasil Oceano, no Cidec-sul. A obra pode ser encontrada nas principais livrarias do Brasil e através da Editora Bambu.

CBO2012: Congresso será realizado no Rio de Janeiro



A Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), anunciaram quinta-feira à noite que a 5ª Edição do Congresso Brasileiro de Oceano (CB02012) será realizado no Rio de Janeiro de 2 a 6 de junho. A sede da nova edição do congresso foi aprovada por aclamação durante a Assembleia Ordinária da Aoceano, realizada em Rio Grande, dentro da programação do CBO2010. A infraestrutura do Rio de Janeiro para sediar um evento da natureza do CBO e a experiência do INPE em organizar grandes promoções foram os principais argumentos apresentados pelos promotores para pleitear a nova sede do congresso. A 6ª Feira Técnico-Científica Brasil Oceano será realizado em paralelo com o congresso.

A organização do CBO, no entanto, ficará na responsabilidade das regionais da Aoceano de São Paulo e do Rio de Janeiro. Como os congressos vêm numa crescente desde a primeira edição, a expectativa da 5ª edição, é de que seja ainda mais expressivo. “Pelos resultados do CBO2010, vai ser difícil superar essa edição”, avalia o secretário-executivo da Aoceano, o oceanógrafo Fernando Luiz Diehl. Pelos cálculos dos organizadores, mais de 3000 pessoas participaram da 4ª edição do congresso.

Diehl explica que em quatro edições do Congresso Brasileiro de Oceanografia, o desse ano foi o melhor, sem sombras de dúvida. Segundo o oceanógrafo, o destaque foi o percentual de participantes e o excelente nível das palestras, workshops, minicursos. Conforme Diehl, como vem aumentando o número de profissionais de oceanografia inseridos no mercado, o congresso vem se consolidando com um referencial para discutir as ciências do mar em termos de Brasil. Outro fator positivo apontado por Diehl foi a participação de acadêmicos no congresso, o que na opinião dele, garante a renovação das ideais no campo das ciências do mar.

“Mais importante do que a apresentação de um trabalho científico, em um congresso como o da Aoceano, é o debate, a troca de ideias, que ocorre até mesmo nos corredores”, acrescenta o secretário. Para o oceanógrafo, o grande desafio do congresso é possibilitar a troca de experiências entre profissionais, instituições e oportunizar um ponto de encontro para discutir as ciências do mar. Os congressos de Oceanografia são realizados de dois em dois anos, sempre em uma cidade diferente. A nova sede é definida sempre no congresso anterior. (Jorn. Adão Pinheiro – assessoria Aoceano)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lama e erosão na praia são temas de debate


Professor Marti falou das praias de Cuba


O professor doutor José Luis Marti, do Instituto de Oceanologia de Cuba, foi um dos palestrantes do workshop Oceanografia de Praias Arenosas: Impactos Naturais e Antrópicos, na tarde desta quinta-feia (20). Marti fez uma descrição do que ocorreu em seu país com as praias por causa da erosão. Disse que existem causas naturais, como a elevação dos níveis dos oceanos e mudanças climáticas, mas a mais danosa é a ação humana.

O professor citou algumas dessas ações, como a construção e exploração de atividades turísticas sobre dunas, além da extração da areia. Em Cuba, explicou, há uma lei que disciplina a distância de construções em relação às dunas. “Essa atitude foi tomada para evitar o aumento da erosão”, explicou.

Em 2008 foi definido o plano nacional de investimentos para recuperação das praias. As ações de proteção ocorreram no Caribe: República Dominicana, México, Haiti e Jamaica.

Já o professor Elirio Toldo Junior, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), salientou que no Brasil não há normas que trate dos sedimentos, diferente do que ocorre com a água. Segundo ele, há uma enorme quantidade de sedimentos depositados na costa brasileira. No âmbito da América do Sul, são 1 milhão de metros cúbicos por ano de material jogado ao mar.

Integrante do quadro docente da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o professor doutor Lauro Calliari abordou a realidade do Sul do Brasil. Uma das declarações mais importantes durante a palestra foi a de que era defensor ferrenho da tese de que a lama que aparece na praia do Cassino é material que desce pela Lagoa dos Patos e chega ao oceano. Agora, entretanto, entende que os sedimentos trazidos por grandes ondas pode ser o descarte de dragagem em alto-mar. “Falta monitorarmos o local onde o lançamento é feito”, ponderou.

Papel das microalgas com palestrante da África do Sul



O 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) recebeu na manhã desta quinta-feira (20) a professora doutora Elieen Campbell, da Nelson Mandela Metropolitan University - África do Sul. Eileen falou sobre a importância do papel de microalgas - da zona de arrebentação de praias arenosas como protetores naturais da linha de costa. O título foi “Diatomácea da Zona de Arrebentação: Protetores Naturais da Linha de Costa”.

De acordo com a professora, em praias arenosas as algas desempenham um papel importante no ambiente marinho e de água doce por serem biofiltradores e servem de alimento para outros animais aquáticos. Ela listou 53 praias no mundo que possuem as algas, inclusive o Cassino. A quantidade que surge na praia depende de fatores, como a extensão, a altura das ondas Além de clorofilas A e C, as crisófitas (criso = dourado) possuem carotenóides e outros pigmentos, que lhes conferem a cor dourada característica. Armazenam leucosina (um polissacarídeo) e óleos.

Além de clorofilas a e c, as crisófitas (criso = dourado) possuem carotenóides e outros pigmentos, que lhes conferem a cor dourada característica. Armazenam leucosina (um polissacarídeo) e óleos.

A carapaça das diatomáceas (também chamada frústula) possui compostos macrocélulas, geralmente à grande quantidade de algas em seu interior. A alga fornece, por fotossíntese, parte do alimento, recebendo em troca abrigo. Assim, ambos os seres lucram na associação. Isso explica por que certos corais são encontrados apenas nas águas rasas, onde há boa luminosidade para as algas.

Projeto Tamar atrai estudantes e jovens pesquisadores


A palestra do casal Guy e Neca Marcovaldi, egressos da FURG e pioneiros do Projeto Tamar, no 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, atraiu um bom e jovem público, formado principalmente por acadêmicos e jovens pesquisadores. Os números apresentados e o grande apelo visual e sentimental de um projeto ambiental que dá certo chamaram a atenção dos congressistas e da Imprensa em geral.

O Projeto Tamar – Tartaruga Marinha está comemorando 30 anos. Nestas três décadas, já salvou da extinção mais de 10 milhões de filhotes de tartarugas, das cinco espécies existentes no litoral brasileiro, das quais uma espécie ainda corre riscos (Tartaruga de Couro). A partir de 2009, são calculadas em um milhão as tartaruguinhas a serem salvas, por ano. Hoje, o Tamar já tem também 23 bases no litoral brasileiro, de Santa Catarina ao Ceará.

Para a fundadora Neca Marcovaldi, a grande razão do sucesso do Tamar é, simplesmente, envolver em todas as etapas as comunidades onde se desenvolve o trabalho. Há 30 anos, houve a definição pela atuação com os pescadores, decidindo aprender com eles os hábitos das tartarugas nas praias. Com isto, os integrantes do Tamar não só conquistaram a confiança destas populações como as trouxeram para o projeto, gerando alternativa de renda para as famílias e multiplicando a conscientização para a preservação.

Hoje, os “tartarugueiros” das comunidades monitoram, diariamente, 5km de praia para proteção e monitoramento dos animais e coleta padrão e regular de dados com os pesquisadores. Atividades de pesquisa nos ambientes marinhos também são realizadas pelo Tamar, desde 1984, através de técnicas de mergulho, etc. Isto possibilita a compreensão da dinâmica das populações das tartarugas.

Em 2001, o Tamar participou da formação do Plano Nacional para a Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas pela Pesca. Mais uma vez, os resultados, segundo Neca e Guy, só foram obtidos devido ao trabalho junto às comunidades de pescadores, hoje também cuidadores das tartarugas. Um exemplo está na pesquisa com tipos de anzóis. Um novo tipo, criado pelos pesquisadores e pescadores, reduz em mais de 30% a mortandade em uma espécie de tartaruga e 50% em outra espécie.

Todos os dados coletados pelo Tamar estão disponíveis para pesquisas, desde que solicitados e apresentado o projeto a ser desenvolvido. O Tamar tem ainda duas confecções, publicações e centros de visitação, cuja renda reverte para pesquisas e preservação. Entre os dados apresentados, um chamou a atenção: para cada tartaruga apresentada em “cativeiro” nos centros de visitação, 100 mil outras são salvas, graças ao conhecimento, carinho e conscientização propiciados pelas visitas, em especial de crianças e jovens conquistados pela educação ambiental.

Saiba mais sobre o Projeto Tamar em www.projetotamar.org.br

Emoção na reconfirmação de grau










Prof. Emérito Eliézer Rios emocionou ao participar da cerimônia, aos 89 anos; Profs. Krug, Calazans e Torres lançando o livro; Reitor Cousin abrindo a solenidade; representantes das 36 turmas; juramentista Lauro Barcellos; representante da 1º turma (1974) Denis Dolsi; paraninfo Eliézer Rios recebendo homenagem; coordenador do SIGa prof. Carlos Ronei Tagliani

O reencontro com colegas e amigos dos tempos da faculdade não poderia ter outra reação: emoção pura. Afinal, ao longo de 40 anos, muitas histórias passaram pelo curso de Oceanologia da FURG. Em meio à saudade e homenagens, as 36 turmas formadas pela Instituição confirmaram a paixão pela profissão em solenidade inédita na noite de quarta-feira, 19, que iniciou com apresentação do Coral da FURG, no Cidec-Sul.

Foi uma noite de recordações, abraços e alegria. Conduzidos pelo paraninfo e ex-reitor da FURG Eurípedes Falcão Vieira, criador do chamado Projeto Atlântico para desenvolver a pesquisa na área, os representantes das turmas subiram ao palco para receber mais uma vez o “diploma”. Simbólico, o ato uniu diferentes gerações da grande família Oceano/FURG. Como numa solenidade de colação de grau, o juramentista Lauro Barcellos reafirmou as palavras de compromisso profissional assumidas desde a formatura de cada um dos egressos e repetidas por eles com a intensidade que o momento exigia.

Em nome de todos os egressos, o orador Fernando Luis Diehl, honrado em representar um grupo de tantas competências, diversidade e capacidades, fez uma avaliação dos ideais e anseios que levaram mais de 900 “então adolescentes de todo o país e também de alguns rincões da América Latina e da África aportarem em Rio Grande a fim de construir aqui os alicerces de seu futuro profissional”.

Aos 88 anos, o professor Eliezer de Carvalho Rios, fundador do Museu Oceanográfico, instituição semente do curso de Oceanologia, teve seu nome eternizado como patrono das turmas.

O coordenador das festividades dos 40 anos de Oceanologia da FURG, Danilo Calazans, prestou as homenagens da noite, em reconhecimento aos docentes e técnico-administrativos que fizeram a história do curso e aos colaboradores que contribuíram para o sucesso da festa, na busca incansável pelos egressos e dados que remontassem as quatro décadas, como as mais de 800 fotografias escaneadas para o momento. “É um momento histórico, em que nós, os egressos, somos os principais atores. Uma tarefa gratificante. Reunir egressos em uma solenidade para rever nossos momentos na FURG é algo para lembrar para o resto de nossas vidas”, destacou.

Aqueles que já partiram, entre egressos, docentes e técnicos, também foram lembrados. Após serem nomeados um a um pelo protocolo, foram homenageados com uma salva de palmas, conclamada pelo reitor e oceanólogo João Carlos Brahm Cousin.

Durante a solenidade, foi realizado o lançamento do projeto SIGa os Egressos, coordenado pelo professor Carlos Ronei Tagliani. O Sistema de Informações Georreferenciadas, permite localizar em qualquer parte do mundo onde estão atuando os oceanólogos formados pela Instituição. Finalizando a festividade, foi lançado o livro “Curso de Oceanologia: 40 anos de História”, escrito pelos professores Luiz Carlos Krug e Danilo Calazans, do Instituto de Oceanologia, e Luis Henrique Torres, do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, numa edição da AOceano e FURG.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Solenidade de reconfirmação de grau será transmitida ao vivo



A solenidade de reconfirmação de grau para as 36 turmas de Oceanologia formadas pela FURG terá transmissão ao vivo pela FURG TV (Canal 15 da Net e 8 da Via Cabo, em Rio Grande). A transmissão poderá ser conferida no mundo todo via internet pelo site www.furgtv.furg.br. O desafio da transmissão para a rede mundial de computadores foi iniciado especialmente para o evento.

O canal universitário da FURG transmite toda programação do CBO2010 em tempo real desde a abertura, na segunda-feira, 17, direto do Cidec-Sul.

A FURG FM transmite ao vivo diariamente do Cidec-Sul o FM Café, das 18h às 19h, com reprise no outro dia, das 13h às 14h. O programa tem transmissão conjunta com a FURG TV.

Vencedor do prêmio Ketchum atrai grande público




Para um público composto essencialmente por jovens, Dr. James E. Cloern, da United States Geological Service, palestrou no início da tarde desta quarta-feira, 19, no Auditório 1. Entre os destaques internacionais do evento, o pesquisador norte-americano apresentou uma perspectiva global sobre os padrões e processos de variabilidade fitoplanctônica em Estuários e Ecossistemas Costeiros.

A baixa faixa etária do público tem chamado a atenção dos palestrantes internacionais e foi um dos comentários durante a tarde, uma vez que essa área de pesquisa é considerada uma das mais promissoras para a carreira de futuros profissionais.

Dr. Cloern foi recentemente agraciado com o prêmio Bostwick H. Ketchum, concedido pelo prestigiado instituto de pesquisa Woods Hole (WHOI) dos Estados Unidos. Ele foi o 15º vencedor na história do prêmio. A cerimônia de entrega ocorreu dia 28 de abril, no Auditório do Laboratório Redfield Woods Hole Village, em reconhecimento à excelência do pesquisador em ecologia estuarina e seus modelos conceituais de importantes processos estuarinos.

Palestra Meio Ambiente e Comunicação discute inserção do ativismo ambiental na mídia




Mesmo sem a presença do empresário José Roberto Marinho (Fundação Roberto Marinho), a palestra Meio Ambiente e Comunicação foi uma das mais concorridas da manhã desta quarta-feira, 20, No auditório principal do Cidec-Sul, o gerente de projetos sociais da Rede Globo, Flávio de Oliveira, o diretor do Globo Ecologia Claudio Savaget e a gerente de Meio Ambiente da Fundaçao Roberto Marinho Andrea Margit traçaram um panorama sobre a abordagem do tema nos diferentes produtos midiáticos exibidos pela Rede Globo, além de abordar a crescente inserção em programas e projetos sociais da Fundação Roberto Marinho.

Oliveira apresentou as principais coberturas jornalísticas que marcaram o tema recentemente, ressaltando que a abordagem sobre problemática que envolve as questões ambientais, antes de ser um posicionamento da emissora é um anseio de toda sociedade. Margit apresentou as ações da Fundação Roberto Marinho ligadas ao tema, entre elas o Museu do Futuro, e sugeriu aos presentes a participação direta nas ações por meio de propostas, deixando clara a disposição em ampliar o diálogo com os profissionais.

Savaget lembrou sua trajetória de 30 anos como ativista ambiental na mídia brasileira e fez questão de ressaltar que tudo começou pela estreita ligação com a FURG, desde o final da década de 1970, pela amizade com os oceanógrafos formados pela Instituição Lauro Barcellos (coordenador da mesa e diretor do Museu Oceanográfico da FURG) e Guy Marcovaldi (um dos fundadores do Projeto Tamar).

Especialista adverte para despreparo do país no combate a vazamento de óleo


O professor doutor Luis Henrique de Figueiredo, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) trouxe a Rio Grande uma noticia bastante preocupante. Um derramamento de óleo no Brasil semelhante do que ocorreu no Golfo do México seria desastroso. Figueiredo foi o palestrante do tema Avaliação de Áreas Contaminadas e Soluções de Remediação Ambiental Baseadas no Risco Ambiental, durante o 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO).

De acordo com o professor, que é também diretor presidente da Golder Associates Brasil, Consultorias e Projetos, o Brasil não tem um Plano Nacional de Contingências, indispensável para atender a episódios como o que ocorreu na América do Norte. “Não há aqui uma organização para responder a isso”, assinalou o palestrante, que é PhD em Química Ambiental.

O vazamento no Golfo do México foi originado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, no dia 20 de abril. Para conter o alastramento do produto, as autoridades americanas determinaram a instalação de barreiras de contenção e atearam fogo na área do entorno do derramamento. “Essa ação não é adequada porque joga elementos poluentes na atmosfera e pode causar mais danos ao ambiente marinho”, assinalou.

Para o professor, cada tipo de óleo deve merecer um tratamento no vazamento no mar. Depende da espessura do produto, das condições das ondas e das correntes, entre outros. No caso da América do Norte são utilizados também dispersantes químicos

Cultivo de camarões marinhos esteve em debate


O professor Wilson Wasielesky da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) foi um dos palestrantes na manhã desta quarta-feira (19) sobre o Cultivo de Camarões Marinhos em Meio Bioflocos. Ele foi acompanhado dos mestrados Dariano Krummenauer e Geraldo Foes.
Os participantes do minicurso tiveram informações sobre o trabalho que é executado na Estação Marinha de Aqüicultura (EMA), localizado na Querência. Wasielesky falou sobre

o sistema de cultivo, reprodução, alevinagem e engorda.
Foes abordou o sistema de aeradores (de ventilação). Abordou também os produtos que devem ser utilizados para a produção em cativeiro de camarões. O minicurso ocorreu na sala 1 do prédio 1 do Campus Carreiros.

Exploração de petróleo é um dos grandes desafios operacionais e ambientais

Temas como conservação de tartarugas, monitoramento da contaminação aquática por metais pesados e revitalização de rios e córregos estão concentrando as atenções dos participantes da quarta edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO2010). De acordo com o secretário geral da Associação Brasileira de Oceanografia Fernando Luiz Diehl, o congresso é a oportunidade de trazer o conhecimento científico para a sociedade.

Diehl explica que, pelo volume de inscrições, a previsão é que o número de participantes seja superior a 3 mil pessoas, transformando o congresso na maior concentração de pessoas interessadas nas Ciências do Mar de toda a América Latina. De acordo com o presidente do congresso, o professor Luiz Carlos Krug, essa diversificação de atividades faz com o evento se torne uma referência em pesquisa cientifica sobre ciências do mar.

Na terça-feira, 18. um dos pontos altos do congresso foi a palestra com Maichel Vogel, da Companhia Shell. Segundo Maichel a exploração sustentável do petróleo em mar profundo é um dos grandes desafios operacionais e ambientais, pois requer grande conhecimento do meio marinho. Na segunda-feira, 17, um dos assuntos mais debatidos durante o congresso foi a preservação das praias, utilizando métodos científicos apresentados pelo pesquisador cubano José Luis Martí, na segunda-feira, 18. O pesquisador do instituto científico cubano entende que é fundamental a conscientização da sociedade para a preservação ambiental.

Até o final do congresso serão lançados cinco livros, realizados 26 mini-cursos, 13 cursos técnicos e apresentados 1.200 trabalhos científicos.

*com informações da AOceano

4º CBO discute Código de Ética da profissão



Oceanógrafos de todo país e estudantes do curso participaram na noite de terça-feira, 18, da mesa-redonda “Oceanógrafo 40+40 anos: a necessidade de um Código de Ética para a Profissão e a Carta das Responsabilidades Humanas como Princípio Norteador”, coordenada pelo MSc. Paulo F.G. Harkot, da AOceano de São Paulo.

O estabelecimento do Código de Ética vem sendo considerado a próximo passo da categoria após a regulamentação da profissão em 2008 e já era tema de discussões em assembleia da AOceano em 2006. O debate segue junto às discussões sobre a necessidade de criação de um conselho nacional ou entidade equivalente para a categoria, no fortalecimento de suas ações.

Durante o encontro, foram definidas medidas para mobilizar os profissionais e permitir a frequente comunicação como a criação de um blog sobre o tema. Outra deliberação, segundo Harkot, foi incluir os acadêmicos do curso e futuros profissionais na discussão, a partir de maior aproximação da AOceano com o grupo. A intenção é a construção coletiva da proposta para posterior debate em assembleia da Associação.

Solenidade de reconfirmação de grau é atração nesta quarta-feira



Programa SIGa os Egressos será lançado nesta noite

Mais de 900 egressos do curso de Oceanologia da FURG são esperados na noite desta quarta-feira, 19, na solenidade de reconfirmação de grau que marcará as comemorações dos 40 anos do curso e da Oceanografia no Brasil.

As trinta e seis turmas já formadas pela Instituição riograndinas estarão representadas no palco do auditório principal do Cidec-Sul. O início da solenidade inédita no país está previsto para as 19h30min.

A expectativa dos organizadores é de um momento único, emocionante, que será lembrado pelas próximas gerações, de acordo com declarações do presidente do 4º CBO Luis Carlos Krug e do coordenador das Festividades de 40 anos, Danilo Calazans.

A ocasião terá ainda, a partir das 21h30min, o lançamento do Programa “SIGa os Egressos”, que tem como responsável Carlos Roney Tagliani, e do livro “Curso de Oceanologia: 40 anos de História”, editado pela AOceano e FURG.

Jornalista Flávio de Oliveira palestra sobre Globo Mar



Auditórios lotados comprovam o sucesso das diferentes atividades paralelas

O Jornalista Flávio de Oliveira, gerente de projetos sociais da Rede Globo, realiza nesta quarta-feira, 19, palestra sobre o programa pioneiro na televisão brasileira o Globo Mar. A palestra “Meio Ambiente e Comunicação” inicia às 11h, no Auditório 1.

Oliveira vem a Rio Grande substituindo o empresário José Roberto Marinho (Fundação Roberto Marinho) e o jornalista Ernesto Paglia, anteriormente anunciados na programação. O programa Globo Mar retrata as atividades de pesquisa e trabalho realizadas cotidianamente nos 8 mil quilômetros do litoral brasileiro, ambiente ainda desconhecido para a maioria dos brasileiros.

No mesmo horário, em atividade paralela, Dr. Rogério Amaury de Medeiros (Finep) palestra sobre "Ciência, tecnologia e Inovação no Brasil, no auditório 4 do Cidec-Sul.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Workshop marca os 50 anos da COI



As comemorações previstas no 4º CBO lembraram na tarde desta terça-feira, 18, as cinco décadas da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da Unesco. Um workshop específico debateu o tema e a Oceanografia Operacional, com os convidados Frederico Antônio S. Nogueira (Ergoos Rio/Oceatlan), Marcia Helena de C. Ramos (Goos-BR), MSc. Alexandre P. Cabral (Fugro), sob coordenação do Dr. José H. Muelbert (FURG).

A Comissão Oceanográfica Intergovernamental foi criada em 1960 pela Unesco, dotada de autonomia funcional para atuar como organismo especializado conjunto do Sistema das Nações Unidas, na difusão, entre outras ações, da importância da conservação dos Mares e do Oceano e da necessidade da sua gestão racional.

1º Workshop Brasileiro sobre Lixo Marinho na expectativa para Política Nacional de Resíduos Sólidos




A Dra. Monica F. da Costa da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) abriu os trabalhos do 1º Workshop Brasileiro sobre Lixo Marinho comemorando a realização do evento junto ao 4º CBO e os avanços nas pesquisas e conquistas do setor no país. O ano de 2010 marca os 15 anos da primeira monografia sobre o tema, defendida na FURG e referência nacional do início dos trabalhos científicos sobre o lixo marinho.

Nessa década e meia, a pesquisadora salienta a chegada dos pesquisadores à mídia, o que tem contribuído para difundir as ações principalmente de prevenção do descarte de resíduos sólidos em águas marinhas. Se o tema também já tomou conta das discussões nas escolas e lares brasileiros, Mônica lembra que nem sempre foi assim. Havia resistência dos próprios pesquisadores a quem se aventurasse em estudos na área. A mudança veio de forma simples: a problemática do lixo tomou proporções que afetam a todos, inevitavelmente.

Um dos temas abordados durante a tarde foi a sanção aguardada pelo grupo de pesquisadores sobre lixo marinho da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Dra. Mônica acredita que o presidente Lula possa sancioná-lo no dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Também foi apresentado o projeto do 1º Encontro Brasileiro sobre Lixo Marinho, a ser realizado no segundo semestre de 2012, em São Paulo.

Segundo dia do 4º CBO tem diversos eventos





O 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) teve continuidade nesta terça-feira (18). Em um dos workshops, na sala Lagoas do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul), o estudante do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Felipe Carvalho, falou da pesca da anchoita, uma espécie pelágica (que vive próximo à superfície).
A anchoíta é um peixe de pequeno porte, pescado amplamente por países do Mercosul e bastante consumida na Europa, onde já chegou a ter a pesca suspensa. É usado na produção de conservas de alto valor agregado, como o Aliche, e na produção de farinha de peixe – um produto do qual o Brasil é carente. Por tradição, é um peixe de hábitos costeiros e ocorre em águas brasileiras desde o Cabo Frio (RJ) até o Chuí (RS), entre profundidades de menos de 10 metros até aproximadamente os 200 metros.
Durante o inverno, a espécie também sai da Argentina e migra para o Sul do Brasil. Carvalho lembrou do cruzeiro realizado em 2008 e que avaliou a espécie na costa brasileira. É necessária a aquisição de conhecimento tecnológico e equipamento próprio para a pescaria. O estudante disse que em todo o mundo são 6 milhões de toneladas capturadas por ano.
Para explorar essa espécie, foi assinado recentemente um convênio ente a FURG e o Ministério a Pesca e Aquicultura. Na abertura do 4º CBO, o ministro Altemir Gregolin assinou a liberação de R$ 2,2 milhões para que os trabalhos sejam realizados.
Serão realizados desde a avaliação do estoque pesqueiro do produto até o processamento e industrialização. A parceria permitirá conhecer o tamanho do estoque de anchoíta, quanto custa a pesca da espécie e como deverá ser feita considerando os critérios de sustentabilidade e organização, levando também essa pesquisa para a Lagoa dos Patos.

Reunião

Ainda nesta terça-feira, houve reunião do Forum de coordenadores dos cursos de Graduação em Oceanografia do Brasil. O encontro foi na sala de Reuniões do Promimp.

Cidec-Sul fica lotado na abertura do 4º CBO










Solenidade de abertura e pronunciamentos do Reitor João Carlos Cousin, Ministro Altemir Gregolin, Presidente do 4º CBO, professor Luiz Carlos Krug, Presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães.
Atrações culturais Renato Borghetti e músicos e Grupo Tholl


O auditório do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) ficou lotado na noite de segunda-feira (17) durante a abertura do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO). Autoridades civis e militares prestigiaram o evento que teve, além dos pronunciamentos habituais, a assinatura de documentos para a liberação de recursos e a entrega de placas.

Compuseram a mesa o reitor da FURG, João Carlos Cousin; o ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolin; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor doutor Jorge Almeida Guimarães; o presidente do 4º CBO, professor Luiz Carlos Krug; o presidente da Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano), oceanógrafo Roberto Wahrlich; o comandante do 5º Distrito Naval, vice-almirante Sérgio Roberto Fernandes dos Santos; o diretor de Hidrografia e Navegação da Marinha, vice-almirante Luiz Fernando Palmer Fonseca; o secretário da Comissão Interinstitucional para os Recursos do Mar (Secirm), contra-almirante Marcos José de Carvalho Ferreira; e o secretário Municipal Édes Cunha (representando o prefeito Fábio Branco). Acompanhado de Chico Saratti e Artur Bonilha, o músico Renato Borghetti executou em sua gaita ponto os hinos nacional e rio-grandense.

O primeiro a se pronunciar foi o presidente do 4º CBO. No discurso, Krug lembrou que a ideia de incluir Rio Grande na relação de cidades que sediassem um evento dessa natureza surgiu em 2005. O esforço dos representantes rio-grandinos surtiu efeito com a confirmação do 4º CBO para a cidade gaúcha. Em 2004 a sede foi Santa Catarina, 2005 Espírito Santo e 2008 o Ceará.

Para o professor, pela estrutura que possui a FURG não poderia deixar de sediar o evento. Outro argumento usado por ele é o fato de a Universidade ser pioneira no Brasil na criação do curso de Oceanologia, em 1970, que passou a ser posteriormente Oceanografia. Enumerou os eventos que seriam realizados, como feira, cursos, minicursos e palestras, entre outros, e enalteceu as pessoas que contribuíram para a concretização do CBO em Rio Grande.

Wahrlich reconheceu a importância da FURG para sediar o CBO e destacou o importante papel do Congresso para a atividade oceanográfica, tanto para professores quanto alunos. O presidente da Capes assinalou o grande mérito os organizadores do Congresso. Abordou também as ações do governo federal na área de educação, principalmente no segmento do Ensino Superior.
O reitor Cousin aproveitou a ocasião para lembrar as pessoas que têm colaborado para o engrandecimento e o crescimento da FURG. De acordo com o reitor, o evento é uma ótima oportunidade para a troca de experiências, já que o 4º CBO está abrigando congressistas de diversas partes do país.

Assinaturas

Antes dos pronunciamentos, o reitor e o ministro da Pesca e Aquicultura assinaram três documentos. Dois deles se referem à liberação de recursos. O primeiro é sobre o Projeto Anchoita, no valor total de R$ 2,2 milhões. Por esse convênio, haverá o desenvolvimento de pesquisas, que vão desde a avaliação do estoque pesqueiro do produto (trabalho sob orientação do professor Lauro Madureira, do Instituto de Oceanografia) até o processamento e industrialização, através do professor Milton Espírito Santo, da Escola de Química e Alimentos (EQA).
O segundo é um acordo técnico. O terceiro prevê a liberação de R$ 300 mil.

No discurso, Gregolin ressaltou o que o Brasil possui um potencial pesqueiro, mas ainda não devidamente explorado. Os números que chegam a 1 milhão de toneladas por ano de produção pesqueira, segundo ele, podem ser muito superiores. Para isso, continuou ele, o governo federal tem investido nesse setor.
Depois, Cousin entregou duas placas. Uma delas foi para o ministro da Pesca e a segunda ao presidente da Capes. Ambas reconhecem o trabalho que as autoridades estão realizando pelo desenvolvimento da Universidade e da Pós-Graduação no país.

Show

Na conclusão do primeiro dia do evento, o grupo Tholl, Imagem e Sonho apresentou o espetáculo Exotique. Com 16 artistas em cena, Exotique mostra um figurino requintado, inspirado em países variados, peças deslumbrantes que ganham um toque mágico na atuação de cada um dos artistas. O público ficou encantado com o que o grupo apresentou no palco.

Segundo dia traz palestra com pesquisador da Skidway/EUA


O Dr. Herb Windom, do Skidway Institute of Oceanography dos Estados Unidos, será o palestrante da manhã desta terça-feira, 18, às 11h, no auditório 1 do Cidec. Ele abordará as conexões e interações entre as várias Bacias Hidrográficas superficiais e de subsolo no Sul da América do Sul, tratando da influência da água doce na região costeira é determinante para vários processos oceanográficos.

Para a tarde, a programação traz o 1º Workshop Brasileiro sobre Lixo Marinho, com os convidados Dr. Gilberto Filmann (FURG) e Dr. Alexander Turra (USP). A coordenação é das Dra. Monica F. da Costa (UFPE) e Dra. Juliana A. Ivar do Sul (Associacao Praia Local Lixo Global), no Auditorio 1, do Cidec-Sul.

Às 18h30min, inicia a mesa-redonda “Oceanógrafos 40+40 Anos”, que discutirá a necessidade de um Código de Ética para a profissão, tendo como princípio norteador a Carta das Responsabilidades Humanas. Isis de Palma (Comite de Difusao CRH – America do Sul) e Hamilton Faria (Comitê de Difusao CRH – Brasil) são os convidados e a coordenação será do MSc. Paulo F. G. Harkot (Aoceano-SP), no Auditorio 6.

No mesmo horário, na Feira Brasil Oceano, ocorre o lançamento do livro “Introdução à Análise Bayesiana (com R)”, de Paul G. Kinas e Humber A. de Andrade, seguido do “O Estuário da Lagoa dos Patos: Um Século de Transformações”, dos editores Ulrich Seeliger e Clarisse Odebrecht, às 19h.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ministro da Pesca visita Estação Marinha de Aquacultura




O Ministro da Pesca e Aquicultura Altemir Gregolin visitou na tarde desta segunda-feira, 17, a Estação Marinha de Aquicultura (EMA/FURG), no Cassino. Ele foi conferir os investimentos feitos pela pasta em pesquisa e formação de pescadores na EMA.

O total de recursos investidos nos últimos dois anos remonta a R$ 4 milhões, destinados em maior parte à construção de laboratórios e capacitação de pescadores. Acompanhado do vice-reitor da FURG Ernesto Casares Pinto, Gregolin foi recebido pelos pesquisadores e professores da EMA e do Instituto de Oceanografia da FURG e conheceu os tanques de espécies como linguado e camarão, além das estufas de criação de camarão em meio heterotrófico, em sistema de bioflocos.

“É uma alegria conhecer de perto e poder divulgar os resultados das pesquisas. A FURG sempre foi um grande parceiro do Ministério”, disse o Gregolin durante a visita. Ele fez questão de destacar os investimentos do governo federal no local, defendendo a importância do setor. Anunciou a liberação de R$ 2 milhões para a estruturação da cadeia da anchoíta, além da criação da Embrapa Cultura e Pesca, como incentivos.

Ao final, conheceu a área destinada aos viveiros de produção de camarão em sistema intermediário, entre a criação convencional e a por sistema de bioflocos, onde foi possível avistar a área cedida pela FURG à Associação de Pescadores e Aquicultores do Cassino, cujos membros já passaram por cursos de capacitação na EMA e preparam-se agora para colocar em prática os conhecimentos em área própria.

Homenagem a Pós-Graduação em Oceanografia Biológica no 4º CBO



O primeiro evento do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) ocorreu na tarde desta segunda-feira (17), na sala Lagoas do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). O worshop 30 anos de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica da FURG reuniu estudantes, professores e demais congressistas interessados no tema.

O convidado especial foi o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. O reitor da Universidade, João Carlos Cousin, e o presidente do 4º CBO, Luiz Carlos Krug, estiveram no evento coordenado pelo professor João Vieira Sobrinho.

Guimarães falou no papel que a Capes desempenha na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação. Mas disse que o número de profissionais formados está aquém da necessidade do mercado. Para ele, a quantidade é tão importante quanto a qualidade. “Assumimos o Capes com a carência de um plano nacional de pós-graduação”, assinalou.

As atividades da Capes são agrupadas em quatro grandes linhas de ação, cada qual desenvolvida por um conjunto estruturado de programas: avaliação da pós-graduação stricto sensu, acesso e divulgação da produção científica, investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior e promoção da cooperação científica internacional. “A demanda na pós-graduação tem sido maior do que está sendo suprido”, destacou.

De acordo com Guimarães, de cada dez doutores formados no Brasil, oito estão trabalhando e um fazendo pós-doutorado. O reitor recebeu uma placa em nome do curso. Depois ele fez a entrega também de uma placa ao presidente da Capes.

30 anos da Pós em Oceanografia Biológica/FURG é destaque na tarde

Os 30 anos de Pós-graduação em Oceanografia Biológica na FURG serão tema do primeiro workshop da programação do 4º CBO. Com início às 14h, no Auditorio 3 do Cidec-Sul, o workshop terá a coordenação do Dr. João P. Vieira Sobrinho (FURG) e contará com a participação do Reitor da FURG Dr. João Carlos B. Cousin, Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da FURG Dr. Danilo Giroldo e MSc. Leonir André Colling. Como convidado especial, participa da atividade o presidente da Capes Dr. Jorge Guimarães

A programação desta segunda-feira, 17, iniciou com credenciamento e novas inscrições no Cidec-Sul, desde as 9h. Também iniciados durante a manhã, os minicursos e cursos técnicos seguirão durante toda a tarde, conforme a programação abaixo:

9h
CREDENCIAMENTO E NOVAS INSCRIÇÕES

Local: CIDEC - SUL
MINI-CURSOS
Oceanografia por Satélites
Ministrante: Dr. Milton Kampel (INPE)
Local: Prédio 1 – Sala 1
Técnicas de Aquisição de Dados Comportamentais de Cetáceos
Ministrante: Dr. Joao Pedro da S. R. Barreiros (Universidade dos Acores)
Local: Prédio 1 – Sala 2
Introdução à Gestão Compartilhada do Uso dos Recursos Pesqueiros no Brasil
Ministrante: MSc. Mauro Luis Ruffino (MPA)
Local: Prédio 1 – Sala 3
O Papel da Circulação Oceânica Tropical no Clima
Ministrante: Dr. Domingos F. Urbano Neto (INPE)
Local: Prédio 1 – Sala 4
Cultivo de Polvos: Potencial, Gargalos e Perspectivas
Ministrante: Dra. Erica Alves G. Vidal (UFPR)
Local: Pavilhão 6 – Laboratório 7
Biogeoquímica de Elementos-traço em Sistemas Marinhos Costeiros: Aportes, Fluxos na Interface Água-sedimento e Acumulação na Biota
Ministrantes: Dra. Eunice da C. Machado (UFPR); Dra. Monica Wallner-Kersanach (FURG)
Local: Prédio 1 – Sala 5
Influências na Composição e em Rendimentos de Peixes Cultivados e Beneficiamento de Peixes Cultivados
Ministrante: Dr. Denilson Burkert (Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios)
Local: Prédio 1 – Sala 6
Estatística Bayesiana Aplicada (com R)
Ministrantes: Dr. Paul G. Kinas (FURG); Dr. Humber A. de Andrade (UFRPE)
Local: Instituto de Matemática, Estatística e Física - Laboratório de Informática
Modelagem de Óleo Aplicada à Análise de Risco Ambiental
Ministrantes: MSc. Alexandre P. Cabral (FUGRO Brasil); Flavia Pozzi Pimentel (FUGRO Brasil)
Local: Prédio 1 – Sala 7
Princípios de Survey Offshore: Navegação, Batimetria, Side-scan-sonar
Ministrante: MSc. Michael Lees (FUGRO Brasil)
Local: Prédio 1 – Sala 8
Modelagem de Transporte e Dispersão de Óleo no Mar Utilizando o Sistema de Modelos OILMAP
Ministrante: MSc. Ana Carolina da R. Lammardo (ASA South America)
Local: Prédio 1 – Sala 9
CURSOS TÉCNICOS
Criterios Metodológicos para la Protección de Playas Naturales

Ministrante: Dr. Jose Luis J. Marti (Instituto de Oceanologia - Cuba);
Local: Prédio 1 – Sala 10
Criação de Marismas como Ferramenta de Manejo de Áreas Estuarinas
Ministrantes: Dr. Cesar Serra B. Costa (FURG); Dr. Juliano C. Marangoni (FURG)
Local: Prédio 1 – Sala 11
Estratégias de Prevenção e Controle de Derrames de Petróleo no Mar
Ministrante: Dr. Luis Henrique M. de Figueiredo (UERJ/Gold Associates Brasil Consultorias e
Projetos Ltda.)
Local: Prédio 1 – Sala 12
12h
Almoço
13h30 às 17h30
CREDENCIAMENTO E NOVAS INSCRIÇÕES

Local: CIDEC - SUL
MINI-CURSOS
Continuação dos Mini-cursos e Cursos Técnicos

Começa o CBO 2010


A manhã de segunda-feira, 17, foi muito movimentada no Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro – Cidec-sul, no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande. É o primeiro dia do Congresso Brasileiro de Oceanografia – CBO 2010, que a FURG sedia pela primeira vez. São esperados entre 2.500 mil e 3000 congressistas, até a próxima sexta-feira.

Entre os inúmeros temas a serem discutidos em palestras, workshops, cursos e trabalhos científicos, estão o aquecimento do clima, os acidentes com óleo no mar, o lixo marinho, as ações de preservação e prevenção, a piscicultura e as novas tecnologias de pesquisa e trabalhos oceanográficos.
A abertura oficial será às 18h, no auditório principal do Cidec-sul, com as presenças do ministro da Pesca e Aquicultura Altemir Gregolin; do comandante da Marinha almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior – Capes, Jorge Almeida Guimarães.

O CBO 2010 está também comemorando os 40 anos do ensino de graduação em Oceanografia no Brasil, que começou em 1970, na FURG. Durante o evento, além de uma cerimônia comemorativa de “reconfirmação de grau” com representantes das 36 turmas já graduadas em Rio Grande, haverá o lançamento do programa “SIGa os Egressos”, desenvolvido pelo Instituto de Oceanografia da FURG com o objetivo de acompanhar onde atuam pelo mundo os formados pela Instituição. Um grande painel está no hall do Cidec-sul, mostrando que os egressos do curso estão espalhados por todo o mundo.